terça-feira, 29 de julho de 2008

quarta-feira, 23 de julho de 2008

ESTUDOS SOBRE A ETNOGRAFIA

21:05 - 23/07/2008
PREOCUPAÇÃO DA ETNOGRAFIA:
Obter uma descrição densa, a mais completa possível, sobre o que um grupo particular de pessoas faz e o significado das perspectivas imediatas que eles têm do que eles fazem.
ETNOGRAFIA--> É a escrita do visível.
Depende das qualidades de observação, de sensibilidade ao outro, do conhecimento sobre o contexto estudado, da inteligência e da imaginação científica do etnógrafo.
Tradicionalmente fazemos comparações entre a própria cultura e a de outros povos.
MICROANÁLISE ETNOGRÁFICA:
1º) Observação;
2º) particularização de um fato microanaliticamente relevante, que represente o todo do processo
estudado.

O pesquisador deve partir do contexto maior, olhando a comunidade como um todo até poder destacar uma particularidade generalizável desse contexto que possa ser estudado microanaliticamente.

CONCLUSÃO
A pesquisa etnográfica visa a compreensão da cultura de um grupo de pessoas com o objetivo de entender os motivos de determinado tipo de comportamento. Envolve a imersão, a convivência, a observação e a entrevista como métodos e instrumentos de pesquisa. O papel do cientista/investigador na pesquisa etnográfica é de intérprete da realidade que ele está observando, ou seja, de dados empíricos, retirados de contextos reais.

O ESTUDO COTIDIANO E AS DIMENSÕES DA PRÁTICA EDUCATIVA
* Observação participante;
* Entrevistas intensivas;
* Perspectiva teórica (enfoque);
* 3 dimensões:
a) institucional/organizacional--> Envolve aspectos referentes ao contexto da prática escolar;
b) institucional/pedagógico--> Abrange todas as situações onde se dá o encontro professor-aluno-
conhecimento;
c) Histórica/filosófica/epistemológica--> pressupostos subjacentes à prática educativa.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

DIÁRIO DE BORDO ¹

Entre os muitos momentos estressantes da escola existe um que é tipo um oásis num deserto escaldante, ratificado tanto por professores quanto por alunos: o recreio.
É nesta oportunidade que aproveitamos para um contato mais estreito com esses sujeitos do fazer escolar. É nesse ínfimo espaço de tempo, que procuramos trocar informações com os professores sobre os alunos e com esses sobre aqueles. É, também, nessa ocasião que aguçamos as nossas audição e visão, numa perspectiva mais crítica, para tentarmos entender o nível do relacionamento entre esses protagonistas do processo ensino-aprendizagem, quando este, realmente, existe.
Muita coisa se ouve de ambos os lados; mas, nem tudo se processa, até porque não diz respeito ao que queremos focar enquanto objeto de estudo e análise.
Cabe o registro do que caracterizamos como uma " pérola" por parte de um docente, quando solicitou-se, já quase no final desse tempo de descanso do dia letivo, que os professores desenvolvessem a sua porção educadora no sentido de conversar com os alunos sobre o problema que estava ocorrendo de alguém que estava quebrando a bóia da caixa de descarga do banheiro masculino. Uma professora retrucou, dizendo o seguinte:
_ Ah, querido, interessante para os alunos é ouvir alguém diferente da gente. Eles respeitam mais. Quando a gente fala, eles nunca ouvem.
Entendemos, que nessa fala dá para se perceber a gritante diferença entre o professor e o educador e de como o profissional da educação consegue reduzir a sua ação profissional ao simples ato da transmissão de informações científicas ou, numa linguagem mais simplória, de repassador de conteúdos escolares. Formação integral não faz parte de sua prática, pois não fez de sua formação teórica.
¹. Fala de uma professora de LP, numa escola de ensino médio onde faço hora extra como Orientador Educacional, em substituição a uma colega que se encontra de licença médica. Cabe registrar, que esta UE não me é estranha, pois atuei como docente na mesma por dezessete anos consecutivos.