terça-feira, 27 de maio de 2008

VOCÊ a_CERTEAU?

Confesso: eu ainda não acertei.
Confessemos: não acertamos ainda!
Confesse: você, também, não a_CERTEAU!
Ainda não conseguimos (re)inventar o nosso cotidiano investigativo, até porquê não conseguimos construir as nossas "artes de fazer". Acredito, que esteja nos faltando a "astúcia" necessária e "táticas" convincentes para definirmos, delimitarmos o nosso foco de investigação. Não estamos conseguindo fazer o recorte necessário em nosso objeto de pesquisa (fracasso escolar).
Gostaria de transformar essa "fala" num diálogo ou num debate. Quem se habilita? Você se a_CERTEAU?

terça-feira, 20 de maio de 2008

URGÊNCIA URGENTÍSSIMA


Olá amigos P.O.E.T.A.S.,

Como descrito no texto da margem esquerda aqui ao lado (em azul), "o tempo urge ou, segundo uma amiga, ´a fila anda, os cães ladram e a caravana passa`", percebi que estamos avançando... pouco, mas estamos!
Enquanto estamos pensando em nos encontrar ou em delimitar um foco de um suposto objeto de pesquisa, outras pessoas, outros grupos aqui de nossa rede já estão, entendendo a importância e necessidade de uma investigação científica, em estágio, digamos, avançado.
O que podemos fazer, para darmos alguns passos para a efetivação dos nossos trabalhos?

quarta-feira, 14 de maio de 2008

DESENCONTRO!!!

CAROS AMIGOS,
Estou percebendo que, mesmo através dos canais virtuais, está um tanto quanto confuso o nosso contato.
Sei das agruras do cotidiano, do corre-corre, das várias leituras; enfim, do sufoco que é característica do magistério e de todos os setores que compõem a educação, incluindo aí, é claro, a Orientação Educacional.
Até agora ainda não conseguimos uma "fala coletiva", um "OI" coletivo sequer nesse instrumento, que foi criado exatamente para nos facilitar os contatos.
Tínhamos, por exemplo, como já adiantei, que discutir e acordar um foco, um objeto de pesquisa, de investigação e já começarmos as observações pertinentes e as devidas pontuações dessa prática nos nossos "diários de bordo", diários de campo.
Continuo aguardando!
Em tempo: Está, realmente, difícil um encontro entre nós ou eu que estou afoito demais?

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Uma ótima leitura

Caros companheiros pesquisadores, após realizar a leitura do excelente texto sobre pesquisa etnográfica (que o companheiro Francisco postou no dia 08/05), verifiquei a necessidade de acompanharmos nosso amigo nessa maravilhosa aventura de desvendar as contribuições da etnografia como uma abordagem de investigação científica. Acredito que ela vai nos ajudar (e muito!) a organizar o nosso percurso metodológico rumo ao tão esperado encontro com o nosso "pote de ouro". Desta maneira, coloquei disponível em nosso e-mail ( referente ao nosso blog) um texto maravilhoso de Carmen Lúcia Guimarães de Mattos (Francisco deve conhecer muito bem esse texto). O texto tem como título: A abordagem etnográfica na investigação científica (2001). Bom, com absoluta certeza, teremos uma ótima leitura pela frente.

Um grande abraço,

Érika Lins.


quinta-feira, 8 de maio de 2008

MAPA CONCEITUAL SOBRE PESQUISA ETNOGRÁFICA










OBS.: Para visualizar o mapa em tamanho maior, é só clicar sobre o mesmo, que se abrirá uma outra página.
São utilizados para auxiliar a ordenação e a seqüenciação hierarquizada dos conteúdos de ensino, de forma a oferecer estímulos adequados ao aluno. Mapas Conceituais podem ser usados como um instrumento que se aplica a diversas áreas do ensino e da aprendizagem escolar, como planejamentos de currículo, sistemas e pesquisas em educação.
A proposta de trabalho dos Mapas Conceituais está baseada na idéia fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel que estabelece que a aprendizagem ocorre por assimilação de novos conceitos e proposições na estrutura cognitiva do aluno. Novas idéias e informações são aprendidos, na medida em que existem pontos de ancoragem. Aprendizagem implica em modificações na estrutura cognitiva e não apenas em acréscimos. Segundo esta teoria, os seguintes aspectos são relevantes para a aprendizagem significativa:
As entradas para a aprendizagem são importantes.
Materiais de aprendizagem deverão ser bem organizados.
Novas idéias e conceitos devem ser "potencialmente significativos" para o aluno.
Fixando novos conceitos nas já existentes estruturas cognitivas do aluno fará com que os novos conceitos sejam relembrados.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

AOS MEUS P.O.E.T.A.S. PREDILETOS!!!

Aos meus queridos companheiros de pesquisa,

Confesso-me (já que a companheira Érika gosta tanto!) extremamente irrequieto, para publicar um outro "texto fundamental*" sobre a Etnografia, mas fico me policiando em não assoberbar vocês. Além disso, é preciso que nos contactemos para a definição de um "objeto" específico, bem delimitado para nosso foco único. É preciso que, a partir dessa definição, já comecemos a nortear os nossos olhares e, com isso, a construirmos os nossos "diários de bordo", a pontuarmos as observações cotidianas. Se isso já tivesse sido definido, poderia, por exemplo, divulgar, no intuito de facilitar as nossas vidas, um modelo de relatório de pesquisa, "diário de bordo".
Preciso da fala de vocês, que, também, é o meu "alimento". Mamãe (que Deus a tenha em lugar sagrado!) dizia que, "saco vazio não se põe de pé!".
Érika, Nélio, Wellington.... falem alguma coisa, pelo amor de Deus!
Um beijo no coração de vocês!!!

*fundamental, pois "fundamenta" a nossa pesquisa

PROCURA-SE !....


Érika, por favor, ajude-me a encontrar Nélio e Wellington. É possível que eles tenham se perdido no infinitesimal espaço cibernético da internet, pois até o presente momento não encontraram o caminho do P.O.E.T.A.S. na escola.

PROCURA-SE, de preferência bem vivos e com muita disposição para a gente por a mão na massa. A nossa equação matemática tem que prevalecer (1+1=2+1=3+1=4)!!!

domingo, 4 de maio de 2008

Uma idéia!

O texto abaixo é uma das várias contribuições para a consecução de nossa pesquisa. A abordagem etnográfica, tal qual no "jogo de bicho", ou seja, vale o que está escrito, é a que nos propomos a desenvolver. Para tanto, precisamos conhecer um pouco sobre a mesma. Gente, por favor, é uma sugestão; entretanto como vou ficar durante um semestre inteiro estudando sobre a mesma lá na UERJ e por ter gostado da mesma, estou aqui fazendo a sugestão, valeu?
Beijos no coração de vocês!

Fracasso escolar: um nó difícil de desatar - (20/02/08)

Pesquisa e Sociedade (UERJ na mídia )
Fracasso escolar: um nó difícil de desatar – (22/02/2008)
Alguns obstáculos que entravam a educação no Brasil vêm sendo superados nos últimos anos, como a questão do analfabetismo e a universalização do ensino. No entanto, até hoje, não se descobriu um meio eficaz para fazer com que um grande número de alunos do ensino fundamental dos colégios públicos progrida nos bancos escolares.
Com os objetivos de conhecer essa realidade e propor alternativas para superá-la, o Núcleo de Etnografia em Educação (NetEDU), do Programa de Pós-graduação em Educação da Faculdade de Educação da UERJ, desenvolve, desde 2005, a pesquisa “Imagens Etnográficas da Inclusão Escolar: o fracasso escolar na perspectiva do aluno”. Previsto para terminar este ano, o trabalho conta com recursos da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do estado do Rio de Janeiro (Faperj), através do programa Prociência.
Uma equipe de 35 pesquisadores coletou dados, durante seis meses do ano passado, em um Centro Integrado de Educação Permanente (Ciep) que atende basicamente à comunidade da Rocinha, uma das maiores favelas da América Latina, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. De dia, as suas salas recebem, em horário integral, classes de alfabetização e das quatro primeiras séries do ensino fundamental; à noite, é a vez das turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
A professora Carmen Lúcia Guimarães de Mattos, coordenadora do NetEDU e da pesquisa, disse que o trabalho da equipe busca dar voz aos alunos para conhecer o que eles pensam dos problemas enfrentados na escola. “O fracasso escolar tem sido alvo de pesquisas nas três últimas décadas, mas elas sempre se valeram de teorias deterministas, preconceituosas, limitadas, como as do déficit cognitivo e da carência cultural. Elas ignoraram que os alunos também participam da construção da sua realidade”.
Salas de aula reveladas
Segundo a professora, a abordagem etnográfica permite, além de desvelar o que realmente acontece nas salas de aula, conhecer os processos de produção do conhecimento e teorizar sobre eles, a partir da visão daqueles que são o seu alvo. “O foco é, predominantemente, nos contextos de risco sócio-educacional. Por isso, encaixa-se de maneira transparente e significativa tanto nos estudos sobre o fracasso escolar, quanto naqueles relacionados à exclusão, inclusão, cultura escolar e alternativas pedagógicas, entre outros”, disse Carmen.
Quando a pesquisa começou, eram adotadas políticas de regularização do fluxo de alunos e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) comunicava, em 2006, que a defasagem idade-série, isto é, a freqüência à escola fora da idade e nível de escolaridade recomendados, consistia em um dos mais graves problemas do sistema educacional do país. No Rio de Janeiro, a defasagem chegava ao patamar de 40,5% na 8ª série.
A constatação do IBGE foi reforçada pelos dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) daquele ano – o pior desempenho dos estudantes brasileiros em todas as séries, na década. E também pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), realizado a cada três anos entre estudantes de países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e convidados: em 2003, o Brasil ficou em último lugar em matemática, penúltimo em ciências e foi o quarto pior em leitura.
Falta de profissionais qualificados
Para Carmen, as respostas para o fracasso escolar não são simples. Elas requerem um profundo entendimento sobre a maneira complexa como ele se constrói. Apesar de a pesquisa estar em andamento, algumas das conclusões preliminares apontam, entre outros motivos para a persistência do fracasso escolar, a descontinuidade das políticas educacionais e a falta de profissionais qualificados, experientes e interessados, para cuidar de alunos com dificuldades de aprendizagem.
Outro ponto destacado pela coordenadora, que já esteve à frente de duas outras pesquisas sobre o tema no mesmo Ciep, é o nível de consciência crítica dos alunos. “Apesar de todo o estigma que carregam, para eles a escola significa a oportunidade de vencer na vida, ter aceitação na sociedade, manter-se vivos”, disse a professora, complementando que os ditos ‘fracassados’ se caracterizam por uma baixa auto-estima.
Segundo Carmen, uma das maneiras de reverter esse quadro é uma prática educacional culturalmente sensível à realidade do aluno. “A magnitude real do fracasso escolar pode ser avaliada a partir de outra das conclusões do trabalho: aos 20 anos, esses jovens podem não ter mais escolhas na vida. Isso porque, dos 49 participantes da primeira pesquisa, 19 morreram vítimas de crimes violentos. Portanto, um dos pontos mais generalizáveis nesse trabalho é que o fracasso escolar também mata”.
Disponível em: http://www.uerj.br/modulos/kernel/index.php?pagina=708&cod_noticia=1602 . Acesso em 4 mai. 08.

EM BUSCA DO POTE DE OURO (Continuação da Justificativa)

Nos últimos anos, a educação brasileira passou por alguns avanços significativos, como a questão da universalização do ensino, por exemplo. Porém, os altos índices de repetência e evasão escolar apontam para lacunas expressivas em nosso sistema educacional. O que torna evidente a necessidade de buscarmos alternativas de superação destas questões.Podemos ainda ressaltar, a formação de novas culturas educacionais, frutos de inúmeras pesquisas científicas na área da educação. Em meio a estas culturas, encontra-se a cultura de “culpabilização das vítimas", que busca “indicar” os responsáveis pelo insucesso da aprendizagem escolar, insucesso este, que ainda é atribuído ao professor e sua questionável formação, ou ao aluno e seus problemas familiares. Diante destes apontamentos, o problema vem sendo discutido de forma fragmentada, o que vem ocasionando dificuldades de compreensão em sua totalidade. Neste sentido, podemos inferir que o fato desta problemática tornar-se um objeto de pesquisa caracterizado pela fragmentação e/ou individualização temática, tem dificultado a construção de estratégias cruciais que viabilizem o avanço frente ao problema do fracasso escolar. Portanto, este espaço de discussão e comunicação de idéias se constitui num campo fértil para a construção de novos caminhos de superação, onde as problemáticas que desenham o mapa do fracasso escolar em nossa sociedade sejam ultrapassadas.
Érika Lins

sábado, 3 de maio de 2008

UMA JUSTIFICATIVA

O que justifica a proposta dessa pesquisa é a cultura do fracasso escolar que produz a evasão enquanto elementos principais/contitutivos das exclusão social. Este é o nosso objeto de estudo e preocupação em todo o sistema educacional.
O alto índice de reprovação na escola rotula sobremaneira o aluno de tal jeito, que a instituição passa a ser vista como um lugar que não propicia crescimento, realização e prazer (não necessariamente nesta ordem!)
Por esse meandro, faz-se urgentíssimo ressignificar os papéis do professor, do aluno, dos componentes didáticos e do conhecimento no mundo contemporâneo e, antes disso, de como esse fenômeno de revés escolar é entendido pelos sujeitos inseridos nesse contexto. Acredita-se que, a partir desse entendimento, o insucesso na escola possa deixar de ser um fator preocupante na educação brasileira.
Pretende-se, portanto, construir caminhos alternativos, para que toda a comunidade escolar possa alinhavar possibilidades de minimizar o impacto dessa falta de êxito nas coisas ligadas à escola, de ambos os lados, ou seja, por parte do professor e dos alunos, que leva ao da instituição como um todo.